9/21/2012

Meu Lado


Eu queria que você me quisesse tanto quanto eu te quero. Não queria que fosse eterno, imortal, linear, ininterrupto, nem outros adjetivos. Só queria que você me amasse. Menos que isso (ou mais que isso) queria que você gostasse de mim. Queria que você gostasse de passar tempo comigo. Na moral, isso basta. Porque isso representa tudo. Se você quer passar tempo comigo… Não sei, não consigo explicar, mas é bom o suficiente. Porque passar tempo com você é muito bom. Ótimo. Eu só não quero ser aquele cara chato que enche seu saco, que você não aguenta mais. Aquele cara que você vê indo na sua direção e você dá um suspiro (um suspiro ruim, um suspiro péssimo). Odeio isso. Eu não quero ser chato, na moral, a última coisa que eu quero ser é chato. Você quer conversar? Eu posso conversar. Você quer falar, só? Eu adoro te ouvir. Você quer ser elogiada? Nunca seria mais sincero. Você quer me xingar? Dói, mas é melhor que falsidade. Você quer ouvir música? Sabe mais que tudo o quanto eu AMO música. Você quer reclamar da vida? Vou tentar o máximo possível te fazer rir. Você quer ouvir, só? Gosto de falar, também. Você quer ficar em silêncio e olhar pra janela? Deixa só eu te olhar… Você quer dormir? Deite no meu ombro! Mas fique do meu lado. Mais que isso (ou menos que isso)goste de ficar do meu lado. Isso faz todo a diferença.
Porra, eu Amo você.

9/09/2012

Reação

O sorriso é só o que você consegue ver.
Mas, aquela sensação (boa, MUITO BOA), isso não dá pra explicar.
Não dá pra explicar o que dá quando você fala isso ou quando você fala aquilo.
Não dá pra explicar como me faz bem conversar com você.
Não dá pra explicar o arrepio que percorre minha espinha só de imaginar o que poderia acontecer...
Não dá pra explicar como eu queria...
Ah, como eu queria.
Não dá pra explicar o que eu gostaria de explicar.
Não dá pra explicar o bem que me faz.
Não dá pra explicar nada.

Mas, talvez, seja assim mesmo.
Talvez não dê pra explicar o Amor, neah?

8/10/2012

Quando O Sol Bater Na Janela Do Seu Quarto e Sigmund Freud

Em O Mal-estar na Civilização, Sigmund Freud diz que o ser humano, por nossa própria constituição, busca antes a ausência de sofrimento e desprazer que a felicidade, em si. Em outras palavras, temos mais medo da dor do que queremos o prazer.
Além disso, ele diz que o sofrimento e o desprazer é oriundo de três diferentes fontes: O poder superior da natureza ("do mundo externo, que pode voltar-se contra nós com forças de destruição esmagadoras e impiedosas"), do nosso próprio corpo ("condenado à decadência e à dissolução") e, (e este talvez nos seja o mais penoso dos três), das relações entre nós mesmos, entre os próprios seres humanos.
Para completar, ele ainda nos diz que temos basicamente, três formas que nós usamos para alcançar uma pseudo-felicidade: nos intoxicando (usando drogas), nos afundando em nosso trabalho ("como, por exemplo, a alegria do artista em criar, em das corpo às suas fantasias, ou a do cientista em solucionar problemas ou descobrir verdades") e, por fim, a fruição da beleza ("a beleza nas formas e a dos gestos humanos, a dos objetos naturais e das paisagens e a das criações artísticas e mesmo científicas").
Desta última, gostaria de ressaltar um trecho da obra que diz: "A fruição da beleza dispõe de uma qualidade peculiar de sentimento, tenuemente intoxicante".
É à partir desse contexto e desse trecho que gostaria de dissertar. A fruição da beleza dispõe de uma qualidade peculiar de sentimento, tenuemente intoxicante. Realmente, intoxicante. Partindo, logo acima, das criações artísticas, vamos falar da minha beleza, da minha forma de alienação, da minha beleza. Da minha felicidade.
Vamos falar de música.
E, dentro de música, vou escolher aquela que mais me lembrou da minha vida nesta semana. E a que eu estava escutando quando me fez pensar sobre escrever aqui. Quando O Sol Bater Na Janela Do Seu Quarto, do Legião Urbana.
Esses dias, quando eu postei aqui, eu estava deprimido. E a minha salvação, aquilo a que eu me agarrava com todas as forças, aquilo que eu mais precisava era de música. Era minha esperança. Sabe?!
Agora, curiosamente, nos dois últimos dias, que eu os achei realmente muito bons, e estive realmente feliz, foi, novamente, a música quem procurei. Como um velho amigo, a quem nós gostamos de dividir nossas felicidades. Ainda  mais que isso, um velho amigo que já compartilha das suas felicidades, com quem você pode ficar horas sem pensar, só apreciar... E sorrir como um bobo. E ter esperança.
Maldita palavrinha, essa, esperança. Um sentimento um tanto quanto tenuemente intoxicante, bem peculiar. Uma faca de dois gumes, por assim dizer.
E, talvez, só talvez, é a essa esperança que nós nos agarremos. É daí que vem a nossa pseudo-felicidade. Que, talvez, e só talvez, não seja tão pseudo assim. Talvez, e só talvez, podemos começar tudo de novo. E, só talvez, ainda temos chance.
Vê? Eu acho que, talvez, essa pseudo-felicidade seja algo realmente feliz, por assim dizer. E, mais que isso, acho que, talvez, a nossa felicidade não seja tão inalcansável assim. Não estou querendo ser presunçoso de mais pra achar que meus humildes e nada importantes 16 anos são capazes de contradizer o velho estudioso. E, pra ser sincero, não sei se eu mesmo acredito em tanto otimismo.
Mas a ideia de não existir felicidade palpável, ao alcance dos homens, é demais inadmissível. Nesse mesmo texto, Freud explora essa ideia, dizendo que a felicidade possivelmente é o objetivo de nossas vidas.
Mas, como elevamos a felicidade a um plano inalcansável, nós criamos os nossos próprios pseudo-objetivos. E, nessa parte, sim, eu concordo com Freud. Ganhar dinheiro, ganhar status social, uma boa família, respeito, carreira, tudo isso se tornou nossos "objetivos". E é importante não se esquecer das aspas ali.
Além desses objetivos, Freud, em um dos textos, coloca que algumas pessoas optam por escolher o amar como "objetivo". Mas, quando você faz isso, você não ama a pessoa, em si. Você ama o ato de amar. Esse pensamento é... Foda. E eu não consigo deixar de pensar que me entendo um pouco melhor com isso.
Mas não importa. Não faz diferença se eu amo o ato de amar ou a pessoa. O importante é que eu Amo! E isso, meus caros, é felicidade, não é? Amor é Felicidade. E Música é Felicidade. E, digam o que disserem, é por isso que eu vivo.

8/06/2012

Desabafo da Madrugada


Eu vou ser sincero, não sei bem porque estou escrevendo este texto. Mas, assim como tantos outros, eu estou me sentindo mal. E, cara, como eu estou me sentindo mal. Me sinto podre, como tantas vezes antes. Minha cabeça está pesada, e eu quero chorar...
Eu queria ser burro, isso sim. De verdade. Não que eu seja inteligente, mas eu queria ser ignorante. Queria não pensar nas coisas que eu penso. Queria não pensar nisso. Queria poder continuar iludido, estúpido, jogar minha vida fora. Seria mais fácil, então por que não?
Queria ser babaca. Queria ser escroto. Queria ser aquele como O Hamster. O cara muitas vezes é uma das pessoas mais babacas que eu conheço, apesar de ser meu grande amigo, ele consegue ser um troxa quando ele quer. Mas ele não tem pudores. Ele fala o que ele quer, ele faz o que ele quer. Eu queria ser assim.
Esse Mito que criaram, que pessoas românticas e de emoções fortes são nobres ou qualquer coisa do tipo... Ridículo. São ridículas. Estúpidas. Sofrerão.
É você. Mas não é você. Na verdade, sou eu. É eu perceber, eu entender o quão ridículo eu estava sendo. E eu talvez continuaria assim, se não tivesse te visto hoje. Ainda existe a possibilidade que eu continue assim, apesar de tudo. Mas eu não quero.
Eu não tenho propósito. A minha vida não tem propósito. E não vejo sentido em estar aqui, no grande vazio, na minha grande insignificância. Meus objetivos, por mais utópicos que fossem, serviam pra mim. Mas, depois de expulsarem o André, eu não tive nem forças nem vontade de continuar na luta.
Não que a tal expulsão tenha sido a pior coisa do meu ano. Esse ano tem acontecido coisas horríveis. Assim como coisas boas, mas as horríveis conseguem ter um peso maior. Também, é de se esperar, tive um contato tão próximo e tão chocante com a morte, sofri outra perda terrível com a pessoa que mais me servia de modelo, e, para coroar, perdi minha namorada. Perdi, mas não procurei de volta, importante ressaltar isso.
Aí apareceu você. Em toda minha escuridão, uma amiga, alguém com quem eu pudesse contar. E, puta que o pariu, você é muito linda. Você sempre esteve lá, mas cada vez mais forte, até que, quando eu mais precisava, era você quem eu procurava, e você quem eu encontrava.
Entenda, eu estava carente e sem rumo, não é assim tão surpreendente que eu segui pelo caminho que eu segui. Mas foi estúpido, vejo isso agora. Fiquei me fazendo de romântico, me iludindo. Coloquei você como meu objetivo, meu motivo de existência.
Mas.
Agora já não tenho nenhum. Não procurei outra coisa, outro conforto. Mas eu vejo que jamais poderei tê-la. Não basta ser demais para mim, você não quer. Vê? Não sou ridículo? E eu estou mais só do que nunca, porque não devo me aproximar. E já não tenho mais zona de conforto, minha alienação.
Música é a única coisa que ainda faz sentido. Música é minha salvação. Me agarro à música com todas as minhas forças. É meu sol. É mais do que gosto, do que prazer. É necessidade. Completamente dependente... Minha última esperança.
E, para ver o quão estúpido eu sou, ainda, o que eu mais quero, é te ter aqui.

7/27/2012

O Afogamento

É como se você estivesse se afogando.
Você está em transição. Não está em nenhum outro mundo, mas quase não está neste. A música alta chega, abafada, aos seus ouvidos, mas nenhum outro som está presente. Os raios de sol que chegam às suas pálpebras fechadas foram desviados pela água, formando desenhos ilógicos na escuridão. Seu nariz e sua boca mantém o ar inodoro e sem gosto passando por seus pulmões, mas isso não te impede de se afogar.
Sua mente que se afoga. Porque ali, na escuridão, nada tem para chamar a sua atenção, nada para se concentrar, nada para se agarrar. A água te puxa para baixo e para baixo... Mas não há chão, não há fim, há apenas água e você. Qual dos dois é o responsável? Qual dos dois mais te assusta? Qual dos dois está verdadeiramente te matando? Isso você jamais saberia responder.
E, nesse período em que o cada segundo dura o tempo do infinito, você flutua não apenas na água, mas no espaço-tempo. Você não está presente em lugar nenhum, e está presente em tudo. Se lembra de cada rua pela qual passou, cada vista que já teve o deleite de ver, cada casa em que você pisou, cada marca que você deixou. Lembra-se de tudo que construiu, dos brinquedos da infância, do que já passou, do que já teve, do que já foi.
Você volta não apenas para outros lugares, mas também no tempo. E essa parte dói. Porque você se lembra de cada rosto, cada momento. O tempo lento revive os mortos, os esquecidos, os perdidos. Tudo que já passou volta, e a nostalgia te atinge, aumentando o afogamento. Aquilo que já passou, que nunca mais vai voltar.
Até porque, você vai morrer. Não há ninguém na piscina de águas paradas que perceba que você está morrendo, nenhum valente herói vai te salvar. Ninguém pode te salvar de você mesmo. Nesse momento, nem você mesmo. Mas você está em paz. A ferida é profunda, mas a dor é suave, calma, um leve incômodo. Sua vida inteira esteve lá, mas é agora, quando tudo está prestes a acabar, que você entende a dor, o comichar. A culpa. A falta.
Isso, acima de todo o resto, é o que mais dói. A última vez que você viu esse ou aquele rosto. As últimas palavras, nem sempre tão tenras quando você quereria, se soubesse que estava morrendo. Aqueles que você nunca mais verá. As brigas que não houve tempo de pedir perdão. Os erros que você não pode consertar. Aqueles que talvez nunca saibam que você os amou. O uísque que você não terminou de tomar. A canção que você deixou pra compor amanhã. A vida que você deixou de viver. E só agora você percebeu que acabou.
Então, de repente, você acorda

7/20/2012

Por que que eu me encho de esperanças?! Na moral, será que eu AINDA não aprendi?! Essa esperança é tão... Babaca... E o pior que eu só queria poder te ver, te abraçar. Pqp, como eu quero te abraçar... E todo mundo sabe, todo mundo sabe que não vai dar certo, que é ilusão, que é bobeira. Mas meu coração insiste em criar esperanças. Que bosta, neah?! Eu ainda fecho os olhos e vejo seu rosto. Eu ainda consigo ficar imaginando a gente junto... E eu ainda imagino que existe a possibilidade desse sentimento ser recíproco. Que merda...

6/28/2012

Será que não dá pra entender que esse é o ÚNICO lugar que eu tenho pra escrever sem ser julgado? Por favor, neah...

6/23/2012

Nota de Agradecimento

Bem, eu queria agradecer. Agradecer à D. e a Ar. É sério, não há como explicar o quanto vocês se tornaram não apenas importantes para mim, mas, também, necessárias.
Tenho que admitir que a chegada do inverno abalou meu coração. O frio me machucou, sério. Não é fácil explicar uma sensação, mas eu me sentia frágil, sabe? Como se qualquer frio já me doesse. E doía.
Mas, essa semana, só de conversar com vocês, sabe? E é estranho, porque eu falo tudo o que eu precisar. É difícil falar...
As duas esquentam meu coração. Parece coisa de bobo apaixonado, mas é mais que isso... Me mantém, vivo, sabe? Me curam das mazelas do mundo. E do inverno. E está tudo tão bom com vocês que tenho até medo de ir falar-lhes e estragar tudo! É engraçado, mas é verdade... Meu coração está cheio, em todos os bons sentidos que se exista...
E, D.... E hoje em dia, como se diz eu te Amo!? O simples fato de estar com você, sabe? Não o faço porque tenho medo de te deixar desconfortável, mas até o silêncio ao seu lado me acalenta. Só saber que você está ali, de senti-la... Isso já me basta, já me conforta. E posso ficar feliz.
Não sei se quero ir mais pra frente, se quero fazer mais do que já temos. E acredito que você tenha medo disso. Mas não importa, juro, nenhuma dessas indagações me fazem diferença nessa hora. Só poder te abraçar, poder te ver. Poder ver aquele seu sorriso!
Aquele terrível riso
De Fulana, de mil dentes
(Anúncio de dentifrício)
É faca me escavando
É lindo demais, é isso que é. Eu Amo você. Honestamente. Enfim, se cuida =]
E você tbm, Ar.

Beijos e abraços,
Corram pelados

P.S.: Simulações são lindas!!!

P.S.2: Encerro meu discurso e cedo meu tempo restante à Mesa.

5/13/2012

Monólogos

Volto hoje por sua causa. E única e exclusivamente por sua causa.
"Há muita coisa que eu gostaria de te dizer, mas não sei como". São cinco da manhã, já passou das 3:33... Escrevi um capítulo fajuto hoje. Só por escrever. Mas foi bom. Eu só preciso achar minha fé de novo. E tudo voltará a ser como era antes, sei disso.
D...
Por que você tem que pensar tanto? Por que você tem que complicar tanto? Não é simples? Não pode ser simples? Por que você não pode gostar de mim? Por que você se afasta desse jeito? Por que eu sofro?
Desgraçado, filho da puta, do Carlos Drummond de Andrade. Desgraçado. Te odeio. Peste. Por que diabos você tinha que arruinar minha vida?!?!?!
Eu queria ou poder controlar meus sentimentos, ou minha mente. Assim, se fosse para sofrer, sofria. Se não, não sofria. Qualquer um dos dois, sabe? Se eu sentisse apenas o que eu soubesse que é real, que não é ilusão, não sofria... Ou, se eu apagasse de minha mente a ilusão que o desgraçado do Drummond fez eu ver, eu podia, pelo menos, sofrer de verdade, sem ter o ódio por mim ainda.
Eu me odeio. Me odeio com todas as forças. E o pior é que falei, pensei tanto na D., que (EU JURO), deu um solavanco no estômago quando eu vi que ela estava on-line. Deus me livre. Ela era minha amiga. Só isso. Por que diabos eu tenho que me iludir? E por que diabos a minha consciência de que é pura ilusão não é o suficiente para acabar com a ilusão? Os românticos (até mesmo a D.) diriam que talvez não seja ilusão. Será? Não. É ilusão. Tem que ser. Porque, se não fosse, daria certo. Não é isso?
Eu cresci com Camões, Russo, Seixas, Hebert Viana, etc. Eu cresci acreditando no Amor. Já não acredito mais. E a D. me fala que eu perco tempo não acreditando, tempo que eu podia passar com quem eu gosto. Desgraçada, neah? Se ela soubesse...
É ilusão. Drummond acabou, destruiu, com todo meu conceito de Amor. Com todas minhas ideologias também. Freud ajudou um pouco... A questão é que eu perdi a fé. E eu posso reconquistar a minha fé. Sei disso. Mas eu preciso dela. Se ela não pensasse tanto...
Mas será que ela pensa tanto? Será que não to só tentando me enganar? Porque, convenhamos, é muito mais fácil ela estar se distanciando de mim, ela não gostar mais de mim, do que eu chegar nela e falar. E ficou mais fácil porque eu me iludo. Ilusão consciente. Que bosta, neah?
Eu queria que ela lesse isso. Porra, como eu queria. Queria que ela me amasse. Queria que ela falasse que me ama. Que gritasse! Queria tê-la em meus braços. Por quê? Porque isso ia me deixar feliz. Ia destruir toda a teoria de que ela está se afastando e eu não precisaria me esforçar com ela.
Mas eu ia precisar do mesmo jeito. No instante que eu disse para outra pessoa que não eu mesmo que eu havia mitificado-a, ela se tornara O Mito, superior, brilhante, perfeito. E eu, o sofredor, precário, escroto.
Filho da puta do Drummond.
Será que, sabendo disso, eu posso pular essa fase? Ou me falta confiança? Eu sou muito inseguro, tomar no cú! Isso tudo é insegurança. Eu estar aqui hoje é insegurança. Quem sabe o que teria acontecido, não é?
Eu quero ela.
D., dice que me quieres y yo te regalló él último soplo de mi corazón.
Maldita música. Me fez sorrir. Eu to bobo. Eu quero falar com ela. Eu fico bem, falando com ela. Na moral...
Ó morte, tu que és tão forte, que mata o homem, que bate no cão, que caça o gato, que come o rato, que rói o muro, que tapa o sol, que queima a neve, solta o meu pezinho? (eu acho que tem alguma coisa entre o homem e o cão =P)

Eu preciso espairecer

5/05/2012

Desabafos da Madrugada - Sangria

Sangria 






É curioso ver
Esse desespero que me destrói
É curioso ver
Como rogo por aquilo que repudiava
É curioso ver
Como as coisas mudam
É curioso ver...

Essa nossa vida é bem curiosa
E antitética
Acaba por nos confundir
E nos questionar
Afinal...

Por que, se só achamos felicidade
Ao fugir da tristeza?
A felicidade, então
É só mais uma droga?
Inatingível?
Alienante?
Uma fuga da realidade?

Amamos fantasias, especulações,
Simulações, Mitos,
Mas a vida, que deveria ser nossa paixão,
É o maior dos medos

Mitos, medos.
O que é o amor?
É um mito?
É fantasia?
Mais uma?

A morte é a única certeza.
Mais certa, ainda, que a vida
"E no teu beijo
Provar o gosto estranho
Que eu quero e não desejo
Mas tenho de encontrar"

Talvez pior ainda que a morte
Seja o adeus
Porque o adeus traz saudades
O adeus traz dor
Sofrimento
"Só porque é triste o fim".

A felicidade é inatingível,
O amor não existe,
A morte é inevitável,
O adeus também.

E a vida?

A vida, cega, surda e burra
O maior dos mitos que criamos
Poderia ser facilmente comparada
A uma grande criança com uma lupa
E nós, as humildes formiguinhas

Use-a para felicidade, tristeza
Para política, para futebol
Para o tudo, para o nada
Para o bem, para o mal
Não fará diferença.
Diga-lhe perfeita, estapafúrdia
Imprevisível, inalterável
Não fará diferença.
Creia-lhe uma dádiva, uma dívida
Não fará diferença.
Busque-a ou não
Não fará diferença.

Então, de que me importa?
Não se sabe nosso objetivo para com a vida.
Não lhe devemos nada
Ela não nos deve nada.
Por que chorar?
Por que sorrir?
Por que continuar?
Se não consigo mais sentir?

E insistimos no mesmo erro.
Teremos as mesmas ilusões.
Sofreremos as mesmas desgraças.
Penderemo-nos nos mesmos becos escuros.
Mataremo-nos.
Machucaremo-nos.
Mutilaremo-nos.
Uns aos outros
E a nós próprios

Me machuco com esse poema.
Me mutilo,
Me odeio,
Me perco,
Me desespero,
Me arrisco,
Me mato com esse poema.

Uso meu sangue para manchar de vermelho o topo e a base dessa página branca
Para banhar em sangue esse poema estapafúrdio
Essa poema vão, tão vão quanto a própria vida.
Tenho tal atitude para tirar de mim todo o mal.
Faço-me uma sangria com esse poema
Para livrar-me de todo esse veneno que corre por minhas correntes sanguíneas
Todo esse mal que me assola.

Ou não é nada disso.

Uso-me dessa escória de poesia
Para dramatizar uma situação banal
E mostrar para todos uma dor que não é real
Para chamar a atenção mundial
Para a situação mais normal
Tendo meus minutos de fama usual
E uma natureza racional
Dentro de uma civilidade animal






Curioso,
Não?!

4/08/2012

Desabafos da Madrugada

To escutando Chico Buarque. Sambinha daqueles bons só pra distrair a cabeça. A verdade é que eu to cansado. Na boa. To tão cansado. Enfim, conseguiram. Nem discutir política eu quero. Nem escrever eu quero. Nem desabafar eu quero. A única coisa que eu ainda tenho vontade é de pegar uma prancha e ir pra praia, enfim aprender a surfar. Aproveitar pra esfriar a cabeça. Eu preciso disso. Escrevo aqui... Não sei porque escrevo. Sinto que devo, sabe? Só isso. O que fizeram... E não consigo deixar de sentir culpa. Não consigo deixar de me sentir mal. Sem esperança. Com uma vontade braba de chorar. E o pior que o que eu mais queria era um daqueles momentos de sonhos, sabe? Momentos de filmes, de livros, de músicas. Só pra deitar a cabeça no ombro de alguém, sem precisar falar nada, só um instante de conforto. Um instante em que pudesse deixar de lado essas preocupações, essas desavenças, esse desespero e esse desânimo. Eu tento ser feliz, eu tento não me preocupar, ignorar tudo isso e continuar. Mas é difícil. Até lutar está difícil. Ah, que desespero. Nada mais faz sentido. Um único parágrafo. Isso me lembra do conto do André Sant'Anna. No conto (O Importado Vermelho de Noé), o fato de ser um único parágrafo é pra representar a fragmentação da sociedade, do personagem, pra representar a loucura dele. Faz sentido, neah?! Eu só queria paz. E queria falar com ele. Queria que as coisas simplesmente dessem certo, sabe? Ahh, eu to cansado.

3/18/2012

Desabafos da Madrugada

-D., você é religiosa, neah?
-Sim.
-Então, você em acredita em vida após a morte. Não é?
-Sim, por quê? Você não acredita?
-Não sei, ultimamente eu tenho me sentido meio incomodado com isso. Sempre fui, mas agora está pior. Eu acredito que, seu eu analisasse friamente, eu não acreditaria. Mas eu não consigo analisar friamente. Eu tenho um pavor, um horror tão terrível desse nada, dessa não-consciência, desse esquecimento, que toda vez que eu tento pensar sério no assunto, eu logo o repudio da minha mente. E não haver nenhuma comprovação do que há depois acende aquela labareda tímida da esperança, sabe? Eu tinha "superado" esse tipo de horror não pensando no assunto. Mas, desde que minha vó morreu, eu tenho me sentido muito mais frágil. E o pensamento do fim, não só da vida, mas também do colégio, da adolescência, me faz ficar doente. E esse pensamento tem me perseguido. Só de pensar que eu talvez nunca mais veja nem fale com muitos de meus amigos me dá vontade de chorar. E, como a vida sempre se repete, não consigo deixar de pensar que a morte também seja assim, o afastamento de todos, o esquecimento total. Porra, agora mesmo to com vontade de chorar. Essa é a minha fobia. É por isso que eu tento tanto ser sempre feliz, que eu não sei se vou ou quero ficar pra sempre, que eu não sei que curso vou fazer de faculdade. Eu tento pensar sempre no hoje pra apagar a dilaceração em meu peito da nostalgia do ontem e escapar do terrível destino do amanhã. Eu sou fraco e queria sua ajuda.

Ahh, como eu queria saber o que você me diria... Pensamentos jogados ao léu, ao papel, no meio da madrugada. Sou forte demais para permitir que outros se preocupem comigo? Ou sou fraco demais para desabafar para qualquer um que não seja meu caderno? Tanto faz, essas são só mais outras muitas perguntas que não têm respostas. Não sei se é muito ou se é pouco, mas tudo o que tenho é esse papel e essa caneta para guardar minhas dúvidas e lágrimas. Ou talvez escreva isso num silencioso grito desesperado para que alguém (talvez a pessoa em que pensava) encontre e acuda meu sofrimento. Eu sou fraco e queria ajuda, mas não quero que ninguém sofra comigo, porque se esse parceiro não souber (e ele não saberá) as respostas para minhas perguntas, ele sofrerá junto comigo. Ou isso é só uma desculpa para me fazer de vítima?
Não importa. São esses desabafos da madrugada que me mantem são.

Beijos e abraços,
Corram pelados
õ/

P.S.: Escrevi isso na madrugada de ontem, no meu caderno...

P.S.2: "A noite que tudo faz sentido, no silêncio eu não ouço meus gritos"

2/22/2012

Só dando um oi

Bom dia, patota!
Eu fiquei com vontade de postar. Fazia tempo... Ninguém respondeu minhas reflexões hehehe' Galera, não se acanhem o único modo deu saber se vocês gostam ou não (ou se alguém está lendo isso) é vocês comentarem e etc.
Eu não vim aqui falar de nada específico, não, só estive com vontade de postar. Eu tenho trabalho assiduamente para passar na seleção do meu Colégio para poder participar da SiNUS! Entrem, galera, vale a pena conhecer, to apaixonado pelo projeto.
Esses dias o SNN fez dois anos. Ai eu postei umas musiquenhas pra comemorar xD
Eu to apaixonado pela minha sala, também, a THOR! Ô sala linda! Todos meus companheiros são gente boa.
Ah, vim passar só pra dar um oi, mesmo, espero que vocês estejam aproveitando bem esse ano de 2012. Aproveitem, pq é o último xD
Beijos e abraços,
Corram pelados
õ/

P.S.: Quando eu tiver mais conteúdo eu venho aqui falar com vocês de novo ;D

1/24/2012

Reflexões Sobre A Vida.

Bom dia, patota!
Eu acabei de assistir Tropa de Elite (1 e 2) e fiquei com vontade de discutir com alguém. Na verdade, vontade de escrever, mesmo... Alguém afim!? =D
Anyway, o que eu estava pensando é: o quanto vale a alma? O corpo? "Quanto vale o show/ Quanto vale o amor/ Quanto vale então fazer das tripas coração/ Quanto vale o som/ Quanto vale a dor/ Quanto vale a culpa e um pouquinho de atenção?". Cel. Nascimento trata traficantes, vagabundos, como uma espécie imunda, podre, doentia, e, acima de tudo, merecedores da morte. E, fico a pensar, por que não? Afinal, não podemos considerá-los humanos, podemos?
Quem mata merece a morte? E, por optarmos pelo sim, não mereceríamos, nós mesmo, a morte? E quem rouba? E até que ponto podemos entrar e mudar a vida de alguém sem destruí-la? E destruir a vida de alguém pode-se ser considerado igual à morte?
Existe outro meio? Será que podemos mudar a mente de pessoas ignorantes? Será que algum dia pudemos? Será que chegamos, agora, num nível tão profundo de podridão, de putrefação, de deterioração que não há mais salvação? Ou, que a única salvação ainda existente seja o assassinato? Será?
E podemos viver com essas dúvidas? Podemos viver pensando no que vai acontecer, sem, realmente, fazer alguma coisa?
Não sei de mais nada... Queria apenas viver minha vida, sem desistir de lutar, mas lutando de forma mais direta, enfrentar o sistema de modo realmente eficaz.
Mas existe tal modo?

É isso, só reflexões sobre a vida.

Beijos e abraços,
Corram pelados,
õ/

P.S.: Ae, é mais pra gente pensar mesmo, que nem eu me pus a pensar agora... Pensei bem

1/19/2012

Ponto Reverso

Bom dia, patota!
Eu venho hoje, aqui no blog, para postar para vocês um sonho que eu tive. Esse sonho era como uma realidade alternativa, foi completamente insano... Mas o principal motivo para eu vim falar sobre isso com vocês é a complexidade do sonho.
Bem, o sonho começa em 1939, quando um cara chamado Adolf, lá na Alemanha, desencadeia uma segunda guerra mundial. Pelo que parecia, ele tava querendo uma super-raça, ou algo assim, não entendi muito bem. Eu lembro que a Itália e o Japão ficaram do lado dele.
O que aconteceu foi que os Estados Unidos (um país próximo do Canadá e do México) ganharam a guerra. E, por sequer terem participado da Guerra, eles se transformaram em uma enorme potência mundial. Esse simples detalhe destruiu todo o mundo.
Acontece que, como vocês bem se lembram, a Rússia se transformou em comunista por volta de 1918 e, por volta de 1950, quase todos os países do mundo haviam aderido ao movimento.
Como a grande maioria de vocês, que estudaram a História Mundial, se lembram, Trotski voltou em 1940, tendo sido vítima de uma tentativa de assassinato por Stálin. Com um grande discurso, protestos, todo seu poder de persuasão, ele conseguiu destituir Stálin e assumir o comando da Rússia comunista. Stálin foi condenado à morte em 43, por traição, e, com sua tese de revolução permanente, Trotski convenceu diversos países a aderirem o socialismo.
Mas não lhes venho aqui para uma aula de história. Vocês devem saber disso tudo. O que acontece é que, no meu sonho, nada disso aconteceu. Trotski foi morto em 1940, e os Estados Unidos eram uma potência grande o suficiente para enfrentar e, até mesmo, derrotar a URSS.
E foi o que aconteceu. Agora, a parte que realmente me chocou não foi essa história toda. A parte que me chocou foi ver como nós vivíamos naquele mundo pós-guerra Fria (como fora chamado, no sonho). Era algo até primitivo, entende? Para vocês terem uma noção, ainda usávamos moeda! Deixe-me tentar explicar:
A economia movia o mundo. Até o próprio sistema capitalista havia se tornado ultrapassado dentro do capitalismo. As ideias de Adam Smith foram superadas e mostradas falhas em certos aspectos, os cientistas pararam de evoluir a ciência para começar a desenvolver novas maneiras de lucrar, os programas de entretenimento foram todos engolidos pelo monstro criado pelos Estados Unidos, desde 1945, final daquela Segunda Guerra Mundial e começo da tal Guerra Fria.
E os Estados Unidos eram tidos não-oficialmente como o grande líder do planeta. Então, algo que eles produziam era vendido por todo o mundo. Mas até isso deixou de ser verdade, onde tudo era produzido no lugar mais barato. E, ainda assim, o nome dos Estados Unidos conseguia achar algum lugar para se encaixar nas embalagens.
E as pessoas... Bem, acho que vou terminar falando das pessoas, porque foi o que mais me chocou. Todas as pessoas eram alienadas. Ninguém se importava com o conhecimento, nem com a cultura, nem com desenvolvimento, nem com saúde, nem com o meio ambiente, nem com política, com nada! Nesse nosso próprio país, essa monumental beleza paradisíaca que temos aqui, um reles jogador de futebol ganhava trinta vezes o salário de um professor. Não sei bem o que dizer quanto a isso. A inversão de valores causada por aquele monstro que nós mesmos havíamos criado... Não sei, me assustou.
Eu agradeço apenas que não foi isso que aconteceu.

Beijos e abraços,
Corram pelados
õ/

P.S.: Esse texto, na verdade, é uma narrativa. A mesma editora que já tinha publicado um conto meu antes (Andross Editora) está fazendo novos livros e me deu alguns temas, se eu quisesse tentar. Não tenho certeza se vou mandar algum, mas eu fiz, e tá ae o resultado! =D