Aquarela

Bom dia, patota!

Eu sei que estive longe por um bom tempo, eu estive em viagem. Permaneci esses quase 6 dias praticamente incontactável. Mas, mesmo assim, cá estou eu de volta. Não sei se sabem, mas julho é considerado como o mês do Rock, então pretendia postar para vocês algo sobre Rock 'N' Roll. Mas, sem conseguir tirar a música Aquarela da cabeça, comecei a pensar nesse clássico nacional.

Essa pintura eu usei antes, no Super Nerd News, em um post que intitulei "O Baile dos Amantes". O post em questão, com a supradita imagem adjunto das Quatro Estações, de Vivaldi, não ficou nem de longe bom. No português bem claro, eu viajei... E viajei legal. Mas não venho aqui falar sobre o post. A imagem acima nem sei sequer se é ou não uma aquarela, mas a poesia em si combina de mais com o que pretendo dizer.

Acontece que a música Aquarela, apesar de ser tida como infantil, tem uma letra muito mais do que linda. Começamos ouvindo sobre as artes, em que o eu-lírico cria nada menos que o símbolo, a razão de existir a raça humana, o Sol. Então, mostra a simplicidade e a beleza das artes, com poucos traços podemos criar algo para nos proteger.

Então, o eu-lírico cria uma das mais belas cenas: uma gaivota voando no céu, de Norte a Sul, parida de não mais que um pingo de tinta branca em um pedaço azul de papel. E o próprio personagem é a gaivota, voando pelos ares, visitando todo o mundo, navegando pelo céu e o mar, fundidos em um "beijo azul". E surge, por entre as nuvens, um avião cheio de cor, piscando luzes coloridas. Indo para o longe, até que o autor mostra que todos temos o poder de pará-lo. E toda a poesia dessa cena é simplesmente brilhante.

Então, passamos para um navio, onde se tem amigos "de bem com a vida". E nesse navio, nesse desenho, nessa imaginação, podemos atravessar as Américas. Podemos ter o mundo todo em um único giro.

Disso, o autor passa para o muro. O muro que demonstra como a raça humana não consegue ver o futuro, tornando este assustador e admirável, sensual, atraente. O futuro, que não podemos controlar, mas que tentamos. Uma astronave, sem pressa, sem piedade. Uma astronave que "sem pedir licença/muda a nossa vida/e depois convida/a rir ou chorar". E esta é a verdade, não sabemos onde essa astronave, essa estrada, vai nos levar, e nem devemos saber.

Aqui, paro de mostrar a minha (e repito, minha, porque, não sei se sabem, mas eu não comprei ainda minha bola de cristal, então não há maneiras de eu adivinhar o que o autor quis dizer) opinião. Paro de mostrá-la para que vocês próprios possam analisar os versos finais dessa canção "infantil" que mostra, em sua letra, liberdade, verdade, beleza e amor. Que tem como letra uma das mais belas poesias já criadas. Uma poesia que fala sobre a vida.

"Vamos todos numa linda passarela

De uma aquarela

Que um dia, enfim,

Descolorirá...

Numa folha qualquer

Eu desenho um sol amarelo (que descolorirá)

E com cinco ou seis retas

É fácil fazer um castelo (que descolorirá)

Giro um simples compasso

E num círculo eu faço o mundo

(Que descolorirá)"

Beijos e abraços,

Corram pelados

õ/

P.S.: Não postei aqui a música, apenas a letra. Não consegui achar versão para postar que não fosse cantada por crianças, o que, na verdade, foi um pouco decepcionante.

P.S.2: Porra, o cara fala que o mundo descolorirá e isso é canção pra criança?! Eu to ligado que a maioria das músicas de crianças são meio assustadoras (o boi que pega o moleque, a cuca que vai pegar, o cravo e a rosa brigam, os caras que jogam um pau no gato e a velinha que se admira com o berro do gato), mas isso tá meio forçado, neah?! Convenhamos...

P.S.3: Meus posts tão sérios de mais .-. Eu to sentindo falta de piadinhas sem graça.

P.S.4: Para animar vou colocar uma piada sem graça no último p.s. de todos os posts, porque P.S. = Piada Semgraça (e não, essa não foi a piada sem graça do dia).

P.S.G.: Por que os Estados Unidos têm poucas chances de ganhar no xadrez?!

R:Porque eles perderam as duas torres!