8/17/2011

O Mal Que Escolhemos Não Ver

Bom dia, patota!
Eu desisto. Os poucos que achei que se importavam só me provaram o que já sabia: todos só se importam com o próprio umbigo. Não sei mais por qual caminho seguir. E me sinto só.
Será que o mal sempre vence? Será que vamos conseguir vencer? Me derrubaram de meu cavalo e não encontro chão onde me apoiar. Sinto-me só. O mundo se mostra mais cruel que nunca. Ou será que ele sempre foi assim?!
Tenho medo do futuro. Medo de que tenha me perdido tão profundamente em minha ilusão de que tudo podia dar certo, de que tudo poderia acabar bem. E acabou bem mal, na verdade. Acabou como se eu levasse um tapa na cara, uma punhalada nas costas, pela pessoa que eu mais confiasse.
Puta hipocrisia. Eles falavam de mudar o mundo, de fazer a coisa certa, de fazer o bem. E mostram-me agora que são tão egoístas e egocêntricos quanto eles mesmo reclamavam. Acendem a luz do quarto escuro e eu vejo que os monstros estão ali. O que meus olhos transformaram em borboletas não passavam de mariposas.
Meia dúzia concorda comigo. Será? "Nos perderemos entre monstros da nossa própria criação". Finalmente vejo a verdade nessas palavras. Os monstros não são apenas nossos filhos mal-criados, nossos amigos que não entendem. São também o mal que escolhemos não ver. É muito mais difícil ver o que está em seu nariz. É muito complicado entender o que é simples. Esta maldita antítese que me desempara nessa hora.
E onde eu fico? Será que meus sonhos ainda podem dar certo? Será que o mundo ainda pode ser salvo?
Será?

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